Muitas vezes, as pessoas que querem fazer mudanças sociais pensam em si mesmas como líderes, ou são referidas como líderes por outras pessoas. Em muitos sentidos, trabalhar juntos em comunidades requer liderança. No entanto, o modelo de liderança da maioria das pessoas vem de comunidades hierárquicas onde os líderes têm poder sobre os outros. Esse tipo de liderança é contraproducente para trabalhar em conjunto com a sua comunidade (e também causa problemas em outros contextos!). Na mobilização da comunidade, a liderança encoraja o trabalho com outras pessoas e assume a responsabilidade de garantir que todos possam ser líderes.
Mozynah Nofal é estudante de pós-graduação e trabalhou para apoiar comunidades de refugiados no Líbano, Turquia e Canadá, bem como comunidades deslocadas internamente na Síria. Neste vídeo, ela discute como aprendeu novas maneiras de ser um líder através do trabalho em conjunto com os outros.
Chris Dixon, ativista e acadêmico americano-canadense, identifica três princípios fundamentais da liderança antiautoritária. Os papéis de liderança nessas organizações devem ser claros, o que significa que todos devem saber quem realmente tem liderança; escolhas sobre liderança devem ser conscientes, o que significa que devemos pensar e planejar quem detém qual forma de liderança e com que propósito; e a liderança deve ser coletiva, dividida entre as pessoas e mudando para refletir como as circunstâncias mudaram (Link).
Neste vídeo, você ouvirá Mohamad Rabah e Loai Misleh, dois membros do Bait Byout, falando sobre como o grupo pratica essa forma de liderança. Bait Byout é um grupo LARP (live action role play) baseado em Ramallah, na Palestina, que usa brincadeiras e criatividade para explorar questões sociais e mobilizar pessoas para pensar diferentemente sobre suas respectivas situações, assim como para recuperar brincadeiras e lazer no contexto da ocupação. Tanto Muhammad quanto Louay discutem como a liderança funciona em Bayt Byout.